domingo, 11 de dezembro de 2011

Sem Serenar

A pressão é demasiada,
Estar feliz implica sofrer.
Dói dizer, dói mais estar calada.
Sofrer assim quase que é bom.
Guardar quando expressar sabe a pouco,
Quando no frio da noite me sinto gelada.

Ter o que fazer.
Ter que fazer é imperativo.
A vontade escasseia por entre acções pequenas
E, assim me vou iludindo, por querer.
E ter que fazer sem conseguir
Sem serenar a alma.

A pressão é demasiada e,
Ficar no limbo a pairar
É pior que nada.
Sair sem rumo era melhor,
Contigo, de mão dada.
Esquecer deveres que me consomem
Regras que me perturbam
E ter que fazer, ainda assim
Sem serenar.

Morte à inércia!
Morte a tudo que me estagna
Palavras meias, palavras vagas.
Vontade de tudo o que não posso
Hoje fazer, sem que primeiro serene a alma.